__________________________________________________________“Eu tenho muitos defeitos e gosto da metade deles, mas tem um que eu não gosto. Eu me apego demais às pessoas. E quando me apego muito à pessoa e acontece alguma mudança, eu sinto logo. Meu lado EMO.”
__________________________________________________________Derek Gustavo de Morais Pereira, 19 anos, é estudante do curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal de Alagoas (e fã do Sonic). Apesar das dificuldades, diz que “se colocar na cabeça que determinada coisa é difícil não consegue. Tem que ter pensamento positivo.” Através desta entrevista, um pouco do Derek.
Rhamayana, Karine e Rafaela - Inicialmente, como você descreveria sua infância? Quais lembranças você tem da mesma? Derek Gustavo - Posso dizer que a minha infância foi normal. Meio nerd, é verdade, pois eu estudava e jogava videogame demais, mas não deixa de ser normal. Como eu morava no centro de Ribeirão Pires (SP), não dava pra sair pra “brincar na rua”, por isso, aproveitando o fato de que havia um espaço muito bom entre a minha casa e a da minha tia. Eu, minha irmã e meus primos ficávamos brincando ali. Pra São Paulo eu fui com cinco anos de idade, mas nasci por aqui mesmo... Não por minha culpa, claro. (=D)
R.K.R. Como foi a vinda para Maceió?
Derek Gustavo - Eu voltei pra Maceió há seis anos, por problemas pessoais.
R.K.R. Como foi sua adaptação? E do que mais sente falta do estado de São Paulo?
Derek Gustavo - A adaptação não foi (e ainda não é) fácil. Mesmo que eu tenha nascido aqui, não consigo me readaptar. E logo quando cheguei aqui dei a sorte de cair em um colégio (Santa Tereza) em que um queria engolir o outro. Como eu não conhecia ninguém (e não conhecia o sistema daqui) acabei virando “presa fácil” para os engraçadinhos da turma. Ainda bem que só precisei ficar nesse colégio durante um ano. Depois que eu saí de lá só conheci gente legal (=D). No ano seguinte mudei para o Colégio Maria José Omena. Outra coisa que eu também não consigo me readaptar é o clima. O frio me faz muita falta. Ah, eu sinto falta dos amigos que deixei em SP. Também vou sentir falta do pessoal que vai ficar aqui quando eu for pra missão.
R.K.R. Como e por que escolheu jornalismo? Derek Gustavo - Não sei. Coloquei isso na cabeça aos seis anos e nunca mais tirei. Pra falar a verdade, eu sempre gostei dessa área. Eu também acho que assisto jornal na TV desde que me entendo por gente. Não sei se isso influenciou alguma coisa, mas é como diz aquele cara no Auto da Compadecida: (...) “Não sei. Só sei que foi assim”.
R.K.R. Como sua família reagiu a essa escolha?
Derek Gustavo - Só meu tio, um jornalista frustrado, apoiou. Meu pai queria que eu fizesse medicina e minha mãe, direito. Mas como eu fui muito teimoso, bati o pé e não mudei de idéia. Por isso que eu não transmito 100% da informação sobre o que acontece no COS, pra não dar “munição” pra eles falarem alguma coisa do curso.
R.K.R. Qual foi sua primeira impressão da turma de jornalismo?
Derek Gustavo - Me senti um verdadeiro “matuto” no primeiro dia. Pensei: “Quem é esse pessoal?”. Mas a impressão foi muito boa, apesar de não conhecer ninguém quando cheguei aqui. Ainda bem que, nesse caso, a primeira impressão foi a que ficou =D. Quando cheguei, acredito que a primeira pessoa com quem falei foi a Môa, que estava em meu grupo no trabalho de português. Coisa do tipo: “Hei, qual é o seu nome?”.
R.K.R. Com quem você se identificou mais quando entrou na universidade?
Derek Gustavo - Logo no início de tudo, eu me identifiquei muito com o Albyran, que, aliás, foi um dos primeiros grandes amigos que eu fiz aqui. Aí o tempo passou, a amizade “esfriou” um pouco, está voltando ao que era antes... Nesse meio tempo acabei me aproximando de todo mundo na sala, o que, pra falar a verdade, eu gosto bastante.
R.K.R. Até agora tivemos alguns professores que se destacaram positivamente e outros negativamente. Qual (is) foi (ram) o(s) melhor(es) professor(es) em sua opinião? E o(s) pior (es)?
Derek Gustavo - Os melhores até agora são o Aló e a maior parte do segundo semestre. Os piores, sem sombra de dúvida, foram o “Creme”, o “Homem-cigarra”, e o “Homem Bottomore”, os donos das aulas mais chatas e arrastadas do semestre passado. Ainda bem que não temos mais aulas com eles \o/.
R.K.R. Em que área do jornalismo você pretende trabalhar?
Derek Gustavo - Não faço idéia. Eu gosto de tantas áreas que não consigo pensar em somente uma agora. Quem sabe no futuro, né?! (espero que até lá eu decida, senão estou “na roça”... foi engraçado??)
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Cada game, uma história diferente... literalmente... (meu lado jornalista começa aqui... =D) [e parece que já parou kkkkkkkk... brincadeira!!]
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R.K.R. Sua religião desperta curiosidade e um conseqüente interesse. Comente-a, enfatizando a missão que você fará próximo ano.
Derek Gustavo - Ano que vem eu vou sair em missão para falar sobre a igreja com as pessoas. Nós, quer dizer, os missionários (ainda não sou =D) saem por aí falando sobre o evangelho com todos e se essas pessoas aceitarem, elas se batizam. Simples, não?! Mas entre elas ouvirem e se batizarem tem uma diferença de tempo muito grande. Geralmente a missão dura 2 anos, mas como eu vou com a faculdade iniciada, vou ficar no máximo 1 ano e 8 meses (mas isso eu já disse antes, hehe). A igreja dá uma ajuda de custo para o missionário, mas nada impede que a família do cidadão ajude. E, pra falar a verdade, a missão não é fácil! Mas, apesar disso, poucas vezes você vai encontrar alguém que volte dela cheio de queixas. As experiências que a pessoa vive durante a missão ficam pra vida toda. (poético isso...)
R.K.R.Como lidar com a saudade da família, dos amigos durante o período que você estiver em missão? Já esteve longe de casa alguma vez?
Derek Gustavo - Ah... o máximo foram 4 dias, durante o acampamento de carnaval da igreja. Os dois anos, digo, 1 ano e 8 meses vão ser uma coisa nova. Eu ainda não sei como vai ser, mas é como eu digo: Se não tem outro jeito, o negócio é se acostumar. Se bem que missionário passa tanto tempo ocupado que nem dá pra ficar sentindo saudade o tempo todo. As saudades aparecem mais nos primeiros meses e nas últimas semanas (o que, na “linguagem missionária”, é chamado de “trunk”) e no acampamento eu só fiquei longe da família, ainda “tava” cheio de amigos ao meu redor. Na missão nem eles vão estar por perto. O jeito, como eu disse antes, é se acostumar e seguir em frente!
R.K.R. Do que você mais gosta na cidade de Maceió? E o que você não gosta?
Derek Gustavo - Em Maceió eu gosto muito das pessoas. Eu adorei todas as pessoas que eu conheci aqui. E não gosto do clima, dos ônibus, da cidade etc.
R.K.R. A UFAL é o que você esperava?
Derek Gustavo - Pode até parecer loucura, mas sim. Todo mundo com quem eu falava me dizia que aqui era bagunçado, que não tinha aula etc. Tudo isso se mostrou verdade, por isso não fui pego de surpresa. Foi até previsível. Mas, francamente, eu acho que se fosse diferente não teria graça. Seria mais organizado, claro. Mas não seria a mesma coisa.